Eles incomodam na primeira vez que o escutamos. O som toma conta dos ouvidos e no conforto ocidental eles causam estranhamento. Mas depois deste primeiro contato, o ouvido se acostuma ao seu som, pois ele é cadenciado e trânsico. Sem dúvida, um dos acessórios mais complexos ao se combinar com a dança, pois o corpo vibra num plano e os SNUJS em outro. Por isso constumo dizer que se compreende o ritmo para tocar este instrumento com a marcação dos pés, não com as mãos. É assim que entendo o 'dançar tocando' que é opostamente diferente de 'tocar snujs'. Meu primeiro par veio dez anos antes de começar a dançar sem nem saber para o que servia, mas o tocava sempre. Aquele som me envolvia e passava horas tocando, acompanhando qualquer música. Quando conheci a Dança do Ventre foi que descobri para que serviam aqueles sininhos mágicos. E a partir de então passei a entender também a matemática musical através deles. Minha companheira de dança e aula Mara Larentis me disse uma vez: 'a primeira coisa que faço com uma aluna é colocar snujs nos dedos dela' e concordo plenamente. A aluna se vê num lugar de contagem, de compreensão rítmica. Hoje vejo minhas meninas dançando com destreza e segurança com SNUJS, por mais que de forma simples, rompendo com o mito da dificuldade que envolve este instrumento. A prática fortalece!
(Foto: Gabriela Bez)
(Foto: Gabriela Bez)
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